segunda-feira, 14 de novembro de 2016


Estado do bem-estar social

O termo “Estado de bem-estar social”, ou ainda “Welfare State”, faz alusão a esse debate, mais especificamente ao poder de intervenção do Estado no sistema econômico de uma nação em nome do estabelecimento de programas assistencialistas, como leis que asseguram o direito ao acesso à saúde e seguro contra doença, invalidez ou a velhice.
O período em que ocorreu os grandes avanços tecnológicos trazidos pela Revolução Industrial testemunhou também o nascimento de uma série de graves problemas sociais atrelados ao movimento urbanizador que se intensificou em meados do século XIX, na Europa. A pobreza crescente, a grande mortalidade e a enorme desigualdade social e econômica tornaram-se combustível de grandes inquietações populares. Essas mesmas instabilidades sociais deram origem a movimentos políticos reformistas que viam nos problemas sociais gerados pela condição de maior pobreza que os trabalhadores enfrentavam, tendo estes sido relegados aos novos aglomerados urbanos, um ponto potencial de fissão que desestabilizaria toda a organização social estabelecida.

As organizações “orgânicas”, que haviam sido estabelecidas no período pré-Revolução Industriais, dissolveram-se e levaram consigo grande parte da segurança que a vida rural trazia em sua dinâmica comunitária. A lógica de convivência rural estava amparada na solidariedade, ou seja, na cumplicidade entre aqueles que faziam parte da comunidade rural. O novo ambiente urbano impedia a produção do próprio meio de subsistência, uma vez que não se podia mais plantar. A disputa generalizada pelos escassos empregos, em razão da grande massa de mão de obra, individualizava ainda mais o novo sujeito urbano. Diante disto, estava então relegado aos donos das novas indústrias o poder de explorar a grande massa de trabalhadores que se amontoava nos grandes centros urbanos.

Os problemas que atingiam a camada mais pobre da sociedade, no entanto, começaram a atingir também as camadas mais privilegiadas do período. Revoltas, doenças e a grande pressão popular que surgia em nome de melhorias para o estrato mais frágil da população trouxeram à tona a necessidade do estabelecimento de medidas de seguridade social. Porém, a garantia de ações de melhorias da situação da camada mais frágil da sociedade européia não seria alcançada pela solidariedade aristocrática, isto é, as mudanças necessárias não seriam alcançadas apenas pela fé na boa vontade dos grandes donos de indústrias. O cientista político Noberto Bobbio (1909-2004) assinalou que, no lugar da esperança pela solidariedade, “impôs-se a necessidade de uma tecnologia social que determinasse as causas das divisões sociais e tratasse de lhes remediar, mediante adequadas intervenções de reforma social.”

Essa seria a base do surgimento de políticas asseguradas pelo Estado que visassem ao estabelecimento de direitos de seguridade social para a camada mais frágil das sociedades européias. A Alemanha, entre os anos de 1883 e 1889, foi um dos primeiros Estados Modernos a implantar um sistema de previdência social, estabelecendo os primeiros programas de seguro obrigatório contra doenças, velhice e invalidez. Começava então a ser estabelecida uma nova alternativa ao liberalismo econômico que havia dominado a Europa até então. O Estado passava a adotar cada vez mais o papel de interventor e ficou gradualmente mais envolvido na administração de programas de seguridade social.

Como resultado das medidas intervencionistas adotadas pelos Estados europeus, a qualidade de vida de grande parte da população europeia disparou nas décadas seguintes. No entanto, os programas de seguridade social possuem grandes custos de manutenção. Os debates atuais estão pautados nesta questão: a melhora na qualidade de vida da camada mais pobre de uma sociedade deve ser custeada pelo recolhimento de tributos. Todavia, o crescimento da população exige que mais dinheiro seja arrecadado para que esses direitos sejam assegurados. Isso ocasiona a necessidade de maiores investimentos na melhoria da infra-estruturar de um país para que seja possível aumentar sua produtividade e a arrecadação de tributos. Esse é o ciclo incessante da corrida pelo desenvolvimento econômico que assistimos em nosso dia a dia.


Regimes ditatoriais


Os regimes ditatoriais

Nos anos 30 vemos grandes mudanças no panorama político da Europa, sendo um dos principais motivos a violenta crise econômica de 1929 e o terror do bolchevismo (Filosofia/ciência política, que defendia uma sociedade sem classes). Os primeiros países que “cedem” a um regime totalitarista (ditadura) foram aqueles que com a primeira guerra mundial não viram as suas necessidades a serem atendidas, e por isso precisaram implementar medidas com vista a sair da crise. Nesta Época vemos surgir dois tipos de ditadura:







Extrema-direita: (Itália, Portugal e Alemanha)

Esquerda/Esquerda Comunista (Rússia/URSS)

Na Itália, Mussolini leva o Partido Nacional Fascista ao poder, apostando num discurso nacionalista e imperialista, aproveitando o descontentamento dos italianos face aos partidos políticos (Mussolini Instaura com sucesso o Fascismo em 1926).
Também na Alemanha a ditadura ascende, sendo o seu líder Hitler e o Partido Nazi. Com Hitler a Alemanha inicia um processo de rearmamento (marcas de descontentamento, imposto pelo tratado de Versalhes) e de expansionismo, que acabará por conduzir à 2ª Guerra mundial.

Portugal irá igualmente conhecer um governo autoritário, que se instala a seguir à ditadura militar que pusera fim à República em 1926. António de Oliveira Salazar (primeiro assumindo o cargo de ministro das finanças) é o responsável por este regime, conhecido por Estado Novo, que se prolonga até 1974.
No entanto, os anos 30 não conhecem apenas as ditaduras de extrema-direita.Com o comunismo, primeiro instaurado por Lenine mas herdado por Estaline, conduz o país à posição de grande potência mundial à custa de uma economia planificada, fechada e coletivizada (não sendo assim afetado pela crise mundial de 1929) Estas ditaduras de extrema-direita tinham grandes semelhanças ideológicas entre si:

Corporativismo – união de patrões e assalariados em corporações de uma mesma atividade econômica, com o objetivo de evitar a luta de classes.

Imperialismo – Necessidade de alargamento do espaço territorial. (Portugal é uma exceção, pois não tinha a necessidade de expansão porem tinha uma certa ideologia Imperialista pois sentia a necessidade de manter o seu império ultra-marino)

Nacionalismo – Exaltação das glórias do passado, a nação era o bem mais importante. ( Roma antiga no caso da Itália, a grande Alemanha ou o Reich que significa Império ou nação e os descobrimentos no caso de Portugal)

Antiparlamentarismo – rejeição da pluralidade de partidos políticos, encarados como responsáveis pelo enfraquecimento nacional. (Na Itália o partido nacional fascista, na Alemanha o partido nacional nazi e em Portugal a União Nacional).

Totalitarismo – O estado estava acima do indivíduo, desprezavam-se os direitos individuais. (Alguns estudiosos consideram que Portugal era mais autoritário do que totalitário.)

Culto da personalidade – O chefe do país concentrava em si todos os poderes; era considerado o salvador da pátria e as suas atitudes eram incondicionalmente aprovadas. ( O Fuhrer na Alemanha, o Duce na Itália e o Salvador da Pátria em Portugal) Anti-Comunismo - conjunto de idéias, correntes e tendências intelectuais que possuem em comum a negação dos princípios e ideais do comunismo.

Símbolos das ditaduras


Nazismo














Fascismo







Salazarismo






Forças Paramilitares e Policias políticas:


Sendo estados autoritários, têm todos (a Alemanha, a Itália e Portugal) um caráter repressivo. As Idéias Fascistas (Portugal e Itália) e Nazistas (Alemanha) eram incutidos primariamente nas camadas mais jovens da sociedade.
Na Itália, a partir dos 4 anos, as crianças entravam nos “Filhos da Loba” e usavam já uniforme; dos 8 aos 14 faziam parte dos “balillas”, aos 14 eram “vanguardistas” e aos 18 entravam nas “Juventudes Fascistas”. Também na Alemanha, os jovens eram treinados e eram incutidos pelas organizações de juventude a partir dos oito anos, considerando-se opositores ao regime os pais que não enviassem os seus filhos para as “Juventudes Hitlerianas”. Assim Portugal também seguia o exemplo tendo como forças paramilitares a “Mocidade Portuguesa” para os mais novos e a “Legião Portuguesa” para os mais velhos.

Estas forças, serviam para transmitir o ideal de ordem social, poder militar e até transmitir mesmo o medo na população!
Na Alemanha as SS e as SA faziam o trabalho de militantes e de propaganda pro-nazi, enquanto ao mesmo tempo transmitiam o poderio militar alemão. Para fazer uma “manutenção” das idéias no país e acabarem com a oposição política, as ditaduras dispunham também de policias políticas (Gestapo na Alemanha, PIDE em Portugal e a OVRA na Itália) que tinham um caráter altamente repressivo chegando mesmo a eliminar qualquer “ameaça” ao regime!

Oposição ao Comunismo anticomunismo era uma das características dos regimes autoritários europeus, sendo esta vista uma reação ou uma contramedida ao crescimento dos movimentos comunistas. Os fascistas justificavam seu anticomunismo como uma forma de defender a propriedade privada, a religião, o nacionalismo e a ordem social (Tradicionalismo, um dos idéias fascistas/nazistas).. O anticomunismo de Hitler, por exemplo, misturava-se com o preconceito anti-semita e racista. Tendo todos os Países Ditatoriais uma grande semelhança ideológica estes era apresentavam sempre um “ódio” ao comunismo.


Liberalismo


O que é Liberalismo:

O liberalismo é uma doutrina político-econômica e sistema doutrinário que se caracteriza pela sua atitude de abertura e tolerância a vários níveis. De acordo com essa doutrina, o interesse geral requer o respeito pela liberdade cívica, econômica e da consciência dos cidadãos.
O liberalismo surgiu na época do iluminismo contra a tendência absolutista e indica que a razão humana e o direito inalienável à ação e realização própria, livre e sem limites, são o melhor caminho para a satisfação dos desejos e necessidades da humanidade. Este otimismo da razão exigia não só a liberdade de pensamento mas também a liberdade política e econômica.


O liberalismo acreditava no progresso da humanidade a partir da livre concorrência das forças sociais e era contrário às acusações das autoridades (religiosas ou estatais) sobre a conduta do indivíduo, tanto no campo ideológico como no campo material, devido à sua desconfiança básica sobre todo o tipo de obrigação (individual e coletiva).
Na sua origem, o liberalismo defendia não só as liberdades individuais mas também as dos povos, e chegou mesmo a colaborar com os novos movimentos de libertação nacional surgidos durante o século XIX, tanto na Europa como nos territórios ultramarinos (sobretudo na América Latina).
No âmbito político, o liberalismo deu os seus primeiros passos com a revolução francesa e americana; os direitos humanos constituíram, seguidamente o seu primeiro ato de fé político.
O liberalismo foi a ideologia política da burguesia (liberal), a qual, amparada por essa ideologia, conseguiu conquistar uma posição predominante durante o século XIX e até à I Guerra Mundial, altura em que se tornou a força política dominante em quase todo o mundo ocidental.


Socialismo real e utópico


O que é (definição)

O socialismo real foi um sistema econômico e político que foi implantado na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e consolidado no governo de Josef Stalin (1924 a 1953). É chamado de socialismo real, pois foi colocado em prática em vários países.


Onde existiu e período


Além da União Soviética, o socialismo real foi implantado em diversos países no período subseqüente ao fim da Segunda Guerra Mundial. Cuba, China, Coréia do Norte e os países do leste europeu aliados à União Soviética (Hungria, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia, Polônia, Iugoslávia, Bulgária e Alemanha Oriental).

O socialismo real vigorou na maioria destes países até o final da década de 1980 e início da década de 1990, quando ocorreram as revoluções no leste europeu, o fim da União Soviética e a Queda do Muro de Berlim. O socialismo real continuou existindo apenas em Cuba e na Coréia do Norte.


Principais características:


- Planificação da economia;

- Estatização dos meios de produção (fábricas, unidades de produção agrícola e bancos);

- Centralização do poder nas mãos de um único partido de orientação socialista

- Implantação de um sistema forçado de redistribuição de renda, através de controle de salários e atividades econômicas. Este sistema visava acabar com os desequilíbrio econômicos e desigualdades sociais característicos do sistema capitalista.

Socialismo Utópico: Tinha a ideia de uma sociedade ideal, onde se defendia a possibilidade de criação de uma organização onde as classes sociais vivessem em harmonia ao buscarem interesses comuns que estivessem acima da exploração ou da busca por lucros.



Neoliberalismo

 
Neoliberalismo é uma redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas teorias econômicas neoclássicas e é entendido como um produto do liberalismo econômico clássico. O neoliberalismo pode ser uma corrente de pensamento e uma ideologia, ou seja, uma forma de ver e julgar o mundo social ou um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congressos. Esta teoria, que foi baseada no liberalismo, nasceu nos Estados Unidos da América e teve como alguns dos seus principais defensores Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman. Na política, neoliberalismo é um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Os autores neoliberalistas afirmam que o estado é o principal responsável por anomalias no funcionamento do mercado livre, porque o seu grande tamanho e atividade constrangem os agentes econômicos privados. O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos etc. Esta teoria econômica propunha a utilização de a implementação de políticas de oferta para aumentar a produtividade. Também indicavam uma forma essencial para melhorar a economia local e global era reduzir os preços e os salários.

Regimes Democráticos


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Conceitos do Regime Democrático

 
Dá-se o nome de regime ao sistema que permite instituir e regular o modo de funcionar de algo. Democrático, por sua vez, é um adjetivos relacionado com a democracia (a forma de governo que se baseia na vontade popular).

Um regime democrático, por conseguinte, é aquele que possibilita a participação da população na tomada de decisões relacionadas com o público. Trata-se de uma série de instituições e normas que organizam o Estado e o exercício do poder segundo critérios democráticos.

Aquilo que faz todo o regime político é definir como se acede ao governo e como é que as autoridades a cargo da administração do Estado podem usar as suas faculdades. No caso do regime democrático, tem por base pilares como a realização periódica de eleições (que permitem que os cidadãos emitam o seu voto de forma secreta e em liberdade) e o estabelecimento de uma Constituição da qual se desprendem todas as leis.
A essência de um regime democrático reside na inclusão massiva da sociedade na tomada de decisões e na fixação de limites a quem exercem o poder. O formato do regime, contudo, foi mudando ao longo do tempo.
Hoje, a maioria dos regimes democráticos aposta na democracia representativa: o povo escolhe os seus representantes nas instituições e são estes representantes que tomam as decisões.Os regimes democráticos da antiguidade, surgidos na Grécia, baseavam-se em troca da democracia directa: os cidadãos tomavam as decisões em assembléias.


-Regimes democráticos





















-Liberalismo

































-Neoliberalismo


























-socialismo utópico

























-Estado de Bem Estar Social






















-Regime Ditatorial







Estado de Bem Estar Social

O que é Neoliberalismo?

Socialismo Utópico

O que é Liberalismo.

Regime Democrático X Regime Militar

sexta-feira, 19 de agosto de 2016


Reinos Africanos
 
 
 
 
 
 
(Mapa africano que contém algumas civilizações e reinos, que existiram na África antigamente)
 
 
A hidrografia sobre a África, ainda que em bom número, tem pouca contribuição de historiadores africanos. Os poucos que trabalham nesse sentido foram formados em universidades européias, tendo herdado uma tradição que os fazem ver a historia de seus países de fora para dentro. A cultura africana é sem duvida propagada muito mais oralmente. Recentemente a historiografia africana tem sido revista, e a diversidade cultural tem dado espaço à sobriedade dos relatos em turno da escravidão, pobreza e unidade que rondam o vasto continente africano.
 
Império Mali
 
O Império Mali foi um estado africano localizado no Noroeste da África, perto do Rio Níger, e que teve seu domínio durante os séculos XIII e XIV. Foi um Império dentre três consecutivos que dominaram a região, e dentre eles, o Império de Mali foi o mais extenso territorialmente comparado com os outros dois, Songhai e Gana.
Seguindo uma cronologia podemos enumerar o Império de Songhai como o primeiro império que obteve domínio sob a região do rio Niger, seguido pela Império de Gana que desapareceu por volta de 1076 quando foi imposto um governo de berberes e dos muçulmanos até que em 1240, o rei de Mali, Sundiata Keita, foi e os conquistou. Logo após essa decadência e essa conquista, ergueu-se o Império de Mali, que é considerado o maior o maior de todos os impérios medievais africanos.
Porém o Império de Mali foi muito inconstante. Certa vez, durante um período, o reino dos Mossinos que estava localizado na região do Alto Volta (um antigo pais africano cuja atualmente se tornou o pais Burquina Fasso) dominou uma parte de Mali e chegou até mesmo a saquear a sua capital. Mali posteriormente conseguiu recuperar o seu poderio sob a região sob a chefia de Suleimã, que governou Mali de 1341 a 1360.
O Império teve seu apogeu no inicio do século XIV com o governo de Mansa Mussa, que foi o responsável por converter todo o Império para o Islamismo. Em sua peregrinação a Meca (como costume de um islã) Mansa Mussa teve o acompanhamento de cerca de 15 mil homens, dizem que nessa comitiva tinha cerca de 100 camelos e uma expressiva quantidade de ouro. E nessa peregrinação ele trouxe para Mali vários mercadores e sábios que ajudaram na divulgação da religião islâmica. Foi Mussa que trouxe também o poeta-arquiteto Abu Issak, conhecido também como Esseheli, que foi quem planejou a grande mesquita de Djingareiber que teve inicio sua construção em 1325 e foi terminada por Kandu Mussa.
Quando retornou ao seu Império, Mansa Mussa, determinou a construção de escolas islâmicas na capital do Império. Assim a capital que era conhecida por ser um grande centro comercial ficou conhecida também como um grande centro de estudos religiosos. Referindo-nos ao comércio o Império controlava as principais rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Dentre os principais produtos comercializados estavam o ouro, o sal, o peixe, o cobre, escravos, couro de animais, nós de cola e cavalos.
 
Império Gana
 
O Império de Gana, também conhecido como Império Uagadu, foi o nome dado a um antigo estado localizado na África Ocidental, onde hoje temos o sudeste da Mauritânia e o oeste do Mali, e que teve seu apogeu entre os anos de 700 e 1200 da Era Cristã. A capital do estado localizava-se na cidade de Kumbi Saleh, hoje um sítio arqueológico na fronteira entre Mauritânia e Mali, que de acordo com as pesquisas, já era habitado desde o século III, por povos mandês, destacando-se os do grupo soninquê, predominante durante maior parte da existência do antigo estado. O nome Gana deriva do título atribuído aos seus soberanos, sendo o termo Uagadu utilizado para o mesmo país, mas pelos habitantes locais, significando "país dos rebanhos".
A mais importante descrição do Império de Gana e comumente citada como fonte testemunhal é o relato do espanhol al-Bakri contida em seu "Kitāb al-Masālik wa-al-Mamālik" (livro das estradas e reinos), escrito por volta de 1068 em Córdoba, e que relatava a grande opulência do monarca local, que controlava uma economia bastante diversa a partir de uma capital rodeada por muros de pedra e que incluía entre as suas riquezas, diversas minas de ouro sob monopólio real. Al-Bakri destaca ainda a produção agrícola desenvolvida, a tecelagem, além do domínio da metalurgia, com a qual se manufaturavam muitos equipamentos, armas e ferramentas. A ideia obtida da leitura da descrição de Al-Bakri permite fazer a imagem do Império de Gana como um imenso oásis protetor na fronteira sul do deserto do Saara, onde sua população rodeava-se de hortas, palmeirais, pepinos e figueiras numa imagem luxuriante.
Destacava-se este império negro ainda pelo comércio trans-saariano intenso, onde se utilizou bastante a figura do camelo como meio eficaz de transporte ante o clima rigoroso do deserto, permitindo um comércio até com a Europa e a Ásia. Vários eram os gêneros deste comércio global, entre eles o de escravos, bastante lucrativo.
Na época de seu maior desenvolvimento, o monarca e os seus súditos praticavam uma religião baseada no culto aos ancestrais e manifestações da natureza, algo parecido com as religiões animistas atuais praticadas na África Ocidental. Por outro lado, o islamismo fazia-se presente, especialmente entre os habitantes dos subúrbios das grandes cidades. Aliás, Al-Bakri dá ênfase à influência muçulmana neste estado animista, provavelmente pelo fato de ser ele também muçulmano.
O declínio do Império de Gana ainda não é totalmente conhecido, sendo que a versão mais popular é a da invasão Almorávida (povos bérberes muçulmanos vindos do atual Marrocos) em 1076. Atualmente, ainda acredita-se que os almorávidas tenham um papel predominante na decadência de Gana, mas hoje também é reconhecido o fato da desagregação deste grande império em vários outros reinos menores e as disputas internas como fatores determinantes em sua extinção.
Boa parte das informações atuais sobre Gana são ainda provenientes dos relatos de viajantes islâmicos como Al-Bakri e à influência muçulmana na região, com seu grupo letrado, que revelou ao restante do mundo islâmico e mais tarde ao mundo inteiro a existência deste império africano.
 
 

Benim


Benim encontrava-se em plena expansão contando com oitenta linguas de comprimento por quarenta de largura, onde hoje localiza-se boa parte do sul da Nigéria. Lá, os europeus, além dos portugueses, através dos séculos, beneficiaram-se do comércio com este rico estado africano, obtendo em especial bronze, prata, cobre, óleo de palma, marfim, pimenta e produtos têxteis, além do comércio que o Império do Benim realizava no interior do continente, obtendo cobre do Níger, cobre e algodão da área do atual Sudão, bem como cola da região da Guiné. São até hoje famosas as estátuas de bronze do Benim, muitas delas retratando o modo como os locais viam os comerciantes europeus presentes na área, além das peças de joalheria, cabeças e peças para altares em bronze e placas ornadas por relevos.

Reino de Congo


O chamado Reino do Congo ou Império do Congo foi uma região africana localizada no sudoeste da Africa no território que hoje corresponde ao noroeste de Angola incluindo Cabinda, à Republica do Congo, à parte ocidental da Republica Democrática do Congo e à parte centro-sul do Gabão. Na sua máxima dimensão, estendia-se desde o oceano Atlântico, a oeste, até ao rio Cuango, a leste, e do Rio Ogougue, no atual Gabão, a norte, até ao rio Kwana, a sul. O reino do Congo foi fundado por Ntinu Wene no século XIII.
A região era governada por um líder, ou Soba, chamado Rei pelos Europeus, o manicongo, consistia de nove provincias e três regiões (Ngoyo, Kakongo e Loango), mas a sua área de influência estendia-se também aos estados limítrofes, tais como Ndongo, Matamba, a Kassanje e a Kissama. A capital era M´banza Kongo (literalmente, cidade do Kongo), rebatizada São Salvador do Congo após os primeiros contatos com os portugueses e a conversão do manicongo ao catocilismo no século XVI, e renomeada de volta para M'Banza Kongo em 1975.

História 
 
De acordo com a tradição do congo, a origem do Reino encontra-se em Mpemba Kasi, Região que era localizada ao sul da moderna Matadi, na Republica Democrática do Congo. A dinastia de governantes desse país construiu seu governo ao longo do vale Kwilu e foi enterrada em Nsi Kwilu, sua capital. Tradições do século XVII fazem alusão a este solo sagrado de enterro. De acordo com o missionário Girolamo da Montesarchio, um capuchinho italiano que visitou a área em 1650-1652, o local era considerado tão santo que olhar para ele era considerado mortal.
Tradições verbais sobre o início da história da Região foram escritas pela primeira vez no final do século 16, e os mais completos foram registradas em meados do século XVII, incluindo aqueles escritos pelo missionário capuchinho italiano Giovanni Cavazzi da Montecuccolo. Uma pesquisa mais detalhada sobre as tradições orais modernas inicialmente conduzida no início do século 20 por missionários redentoristas como Jean Cuvelier e Joseph de Munck não parece se relacionar com o período inicial da história do reino.

Zimbabwe


Como toda colonização, a história de Zimbabwe não é diferente, era um país com muitos recursos naturais, o qual foi explodido e deixado a seu deriva. Isto aconteceu nos séculos XIII e XIV, teve muita discriminação entre os colonos brancos e os negros, onde sempre estes últimos eram explodidos. 
   À medida que foram avançando nos anos quando deixou de se chamar Rhodesia depois de haver conseguido a Independência em 1980, era um dos países mais ricos da África. Os colonos que seguiram a Cecil Rhodes formaram produtivas granjas em uma das terras mais fértiles do continente. Durante anos Rhodesia exportou quantidades de cana de açúcar, milho, algodão, fumo e cacahuates. Atualmente Zimbabwe depende das doações de alimentos de África do Sul e Líbia, para evitar que as pessoas morram de fome, a população está em desemprego, há hiperinflación, o investimento desapareceu, o déficit fiscal é insuportável, a renda per capita caiu, e tem a taxa mais alta do mundo de Aids. 
    Zimbabwe é um dos países em que a cultura é mais importante. Os artistas e as músicas são muito valorizados e muito deles vivê em seu próprio país de sua atividade artística.

Exercício

01-Na primeira Metade do seculo XIX, o filosofo alemão Friedich Hegel escreveu a africa não faz Parte da história mundial, não tem nenhum movimento ou desenvolvimento.

A-Comente essa afirmação

A África tem uma grande influência na história mundial . É de fato um país pobre, não muito desenvolvido, mas que sua influência cultural é forte principalmente musical.
Friedrich Hegel fala da África como se ela não tivesse nenhuma cultura, religião, economia, tradição e etc... pelo fato que os seus habitantes são a maioria da raça negras e para ele a principal características dos negros é que a sua consciência ainda não atingiu a intuição de qualquer objetividade fixa, como Deus e como leis, e ele representa a raça negra como homem natural, selvagem e indomável, e ele próprio o interpreta "como transição do espírito humano do Oriente para o Ocidente, mas ele não pertence ao espírito africano. Então ele quer compara ele próprio com a áfrica, sendo o preconceito dele por ser da raça branca e pensar que tem maioridade da raça negra.


B-Opinem a África está ausente da história Mundial na atualidade? Justifique e exemplifique com noticias sobre os Países do Continente africano.

 A África é um lugar que tem problemas por conta do passado de exploração por parte dos europeus. Para os africanos seus costumes são importantes para a história. Entre as notícias destaca - se a esperança africana, pois eles se dizem melhores hoje do que há uns anos atrás e que estão mais confiantes de um desenvolvimento e um futuro melhor.

C-Interesses Pela história da africa significa também, interessar-se pela história do Brasil. Discuta com seu grupo essa afirmação e escreva um texto comentando  os Aspectos da relação histórica afro-brasileira.



A cultura Afro-brasileira é um conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana, em sua maior parte trazida pela escravidão na época do trafico transatlântico de escravos. As manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas como as religiões afro-brasileira e a arte marcial da capoeira que eram freqüentemente perseguidas pelas autoridade. Por um outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas. E as artes afro-brasileiras na pintura foram muitos os pintores e desenhistas que se dedicaram a mostrar a beleza do Candomblé, Umbanda e Batuque em suas telas, na culinária a feijoada considerada o prato nacional brasileiro, é freqüentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. A cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com alimentos culinários europeus e indígenas. A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedades de estilos. E os instrumentos usados pelos afro-brasileiros são: Afoxé, Agogô, Alfaia, atabaque e tambor. A religião trazido com os negros trazidos da áfrica como escravos geralmente eram imediatamente batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. A conversão era apenas superficial e as religiões de origem africana conseguiram permanecer através de prática secreta ou o sincretismo com o catolicismo. Algumas religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes africanas, como é o caso das casas tradicionais de Candomblé e do Xangô do Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque, o Xambá e a Umbanda.



Religiões afro-brasileiras

 
Babaçuê - Pará
Batuque - Rio Grande do Sul
Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Candomblé - Em todos estados do Brasil
Culto aos
Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Culto de
Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
Macumba - Rio de Janeiro
Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
Quimbanda - Rio de Janeiro, São Paulo
Tambor-de-Mina - Maranhão
Terecô - Maranhão
Umbanda - Em todos estados do Brasil
Xambá - Alagoas, Pernambuco
Xangô do Nordeste - Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe
Confrarias
Irmandade da Boa Morte
Irmandade dos homens pretos
Sincretismo

Referência 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_Congo
http://www.infoescola.com/africa/zimbabue/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Benim
http://www.infoescola.com/africa/imperio-do-benim/
http://www.infoescola.com/africa/imperio-mali/
http://www.infoescola.com/historia/imperio-de-gana/

terça-feira, 7 de junho de 2016

Discriminação Social e Estratificação Social

 
 
Tipos de Preconceito

O preconceito não passa de um conceito que criamos antes de saber o que aquilo realmente é, onde por esse falso conceito muitas vezes maltratamos o próximo e nem pensamos nas consequências daquele ato. No mundo existem muitas formas de preconceito, porém o mais comum é por causa da pessoa ser de uma etnia diferente, ou por ter uma religião diferente da nossa, por ter a cor da pele diferente, por ser de outra classe social.




O Racismo

 
 
É a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.



Preconceito Social
É uma forma de preconceito a determinadas classes sociais. É uma atitude ou ideia formada antecipadamente e sem qualquer fundamento razoável; o preconceito é um juízo desfavorável em relação a vários objetos sociais, que podem ser pessoas, culturas. O preconceito social também existe quando julgamos as pessoas por atitudes e logo enfatizamos que a mesma só a teve a atitude por ser de certa classe social, ou seja se a pessoa tem uma boa condição financeira ela não vai sofrer nenhum tipo de preconceito social, seria mais fácil ela ter preconceito para com as outras pessoas.




Sexismo

é a discriminação ou tratamento indigno a um determinado gênero, ou ainda a determinada identidade sexual. Existem duas assunções diferentes sobre as quais se assenta o sexismo: Um sexo é superior ao outro. Mulher e homem são profundamente diferentes (mesmo além de diferenças biológicas), e essas diferenças devem se refletir em aspectos sociais como o direito e a linguagem. Em relação ao preconceito contra mulheres, diferencia-se do machismo por ser mais consciente e pretensamente racionalizado, ao passo que o machismo é um muitas vezes um comportamento de imitação social. Nesse caso o sexismo muitas vezes está ligado à misoginia (ódio às mulheres).






Feminismo

É um neologismo e seu significado possui uma carga ideológica muito grande. É uma expressão que hipoteticamente significaria um conjunto de idéias que considera a mulher superior ao homem, e que, portanto, deveria dominá-lo. Como um machismo às avessas. A criação e o uso da palavra "feminismo" supõe-se que foi uma forma encontrada pelas feministas para denominar os preconceitos ao sexo masculino praticados por outras feministas dentro do movimento social feminista. Essas feministas que pregam o preconceito contra o sexo masculino são consideradas por outras feministas como "feminista".





 
Machismo " ou Chauvinista"

É a crença de que os homens são superiores às mulheres. A palavra "chauvinista" foi originalmente usada para descrever alguém fanaticamente leal ao seu país, mas a partir do movimento de libertação da mulher, nos anos 60, passou a ser usada para descrever os homens que mantém a crença na inferioridade da mulher, especialmente nos países de língua inglesa. No espaço lusófono, a expressão "chauvinista masculino" (ou, simplesmente, "chauvinista") também é utilizada, mas "machista" é muito mais comum. Machistas são por vezes postos em oposição ao feminismo. No entanto, a crença oposta ao machismo é a da superioridade feminina e, embora alguns masculinistas possam pensar que essa é a definição de feminismo, geralmente não se considera esta ideia correta.


 
 
Preconceito linguístico
É uma forma de preconceito a determinadas variedades linguísticas. Para a linguística, os chamados erros gramaticais não existem nas línguas naturais, salvo por patologias de ordem cognitiva. Ainda segundo esses linguistas, a noção de correto imposta pelo ensino tradicional da gramática normativa origina um preconceito contra as variedades não-padrão.
 



Transfobia

É a aversão a pessoas trans (transexuais, transgêneros, travestis) ou discriminação a estes. A transfobia manifesta-se normalmente de forma mais reconhecida socialmente contra as pessoas trans adultas, quer sob a forma de opiniões negativas, quer sobre agressões físicas ou verbais. Manifesta-se também muitas vezes de forma indireta com a preocupação excessiva em garantir que as pessoas sigam os papéis sociais associados ao seu sexo biológico. Por exemplo, frases como "menino não usa saia" são, em sentido lato, uma forma de transfobia. A transfobia é também muitas vezes combinada com homofobia quando é feita a associação entre homens femininos e homossexualidade, partindo do princípio equivocado de que todos os homossexuais são necessariamente femininos e que ser homem efeminado é algo de negativo. Homofobia é um termo criado para expressar o ódio, aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais ou homossexualidade.


 
Chauvinismo
resulta de uma argumentação falsa ou paralógica, uma falácia de tipo etnocêntrico. Em retórica, constitui alguns dos argumentos falsos que servem para persuadir com sentimentos em vez de razão quem se convence mais com aqueles que com estes. A prática nasceu fundamentalmente com a crença do romantismo nos "caráteres nacionais" (ou volkgeist em alemão). Milênios antes, no entanto, os antigos gregos já burlavam de quem se convencia de que a lua de Atenas era melhor que a de Éfeso. Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. Estereótipos são fonte de inspiração de muitas piadas, algumas de conteúdo racista, como as piadas de judeu, que é retratado como avaro, português (no Brasil), como pouco inteligente, etc. O estereótipo pode estar relacionado ao preconceito.



 
Heterossexismo

É um termo relativamente recente e que designa um pensamento segundo o qual todas as pessoas são heterossexuais até prova em contrário. Um indivíduo ou grupo classificado por heterossexista não reconhece a possibilidade de existência da homossexualidade (ou mesmo da bissexualidade). Tais comportamentos são ignorados ou por se acreditar que são um "desvio" de algum padrão, ou pelo receio de gerar polêmicas ao abordar determinados assuntos em relação à sexualidade. Apesar de poder ser considerada como uma forma de preconceito, se diferencia da homofobia por ter como característica o ato de ignorar manifestações sexuais geralmente minoritárias (as situações homofóbicas não só não ignoram como apresentam aversão). Xenofobia é o medo natural (fobia, aversão) que o ser humano normalmente tem ao que é diferente (para este indivíduo). Xenofobia é também um distúrbio psiquiátrico ao medo excessivo e descontrolado ao desconhecido ou diferente. Xenofobia é ainda usado em um sentido amplo (amplamente usado mas muito debatido) referindo-se a qualquer forma de preconceito, racial, grupal (de grupos minoritários) ou cultural. Apesar de amplamente aceito, este significado gera confusões, associando xenofobia a preconceitos, levando a crer que qualquer preconceito é uma fobia. Chama-se comumente chauvinismo à crença narcisista próxima à mitomania de que as propriedades do país ao qual se pertence são as melhores sob qualquer aspecto. O termo provém da comédia francesa La Cocarde Tricolore ("O Tope Tricolor"), dos irmãos Cogniard, na qual um ator chamado Chauvin personifica um patriotismo exagerado.



Estratificação Social
 


A estratificação social indica a existência de diferenças, de desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade. Ela indica a existência de grupos de pessoas que ocupam posições diferentes.


São três os principais tipo de estratificação social:
Estratificação econômica: baseada na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de médico do que a profissão de pedreiro.


É importante ressaltar que todos os aspectos de uma sociedade economia, política, social, cultural, etc. estão interligados. Assim, os vários tipos de estratificação não podem ser entendidos separadamente. Por exemplo, as pessoas que ocupam altas posições econômicas em geral também têm poder e desempenham posições profissionais valorizadas socialmente.


Também importante lembrar que a constituição de sociedades estratificadas socialmente é um fenômeno histórico; ou seja, as diferenciações sociais e a formação de suas características ocorrem em função de processos históricos explicáveis dentro de suas próprias lógicas. Portanto, não são fenômenos "naturais", derivados de alguma lógica exterior ao próprio ser humano. São processos construídos por agentes humanos que se opõem, sob a forma de grupos, no campo do conflito.

A estratificação social é a divisão da sociedade em estratos ou camadas sociais. Dependendo do tipo de sociedade, esses estratos ou camadas podem ser: castas (Índia), estamentos (Europa Ocidental durante o feudalismo) e classes sociais (sociedades capitalistas).



Castas

Existem sociedades em que os indivíduos nascem numa camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do tempo, uma posição social mais elevada. No entanto, existem sociedades em que, mesmo usando de toda a sua capacidade e todo os seus esforços, o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Nesses casos, a posição social lhe é atribuída por ocasião do nascimento, independentemente de sua vontade e sem perspectiva de mudança. Ele carrega consigo, por toda a vida, a posição social herdada.


A sociedade indiana é estratificada dessa maneira; um sistema de estratificação social muito rígido e fechado que não oferece a menor possibilidade de mobilidade social. É o sitesma de castas que, por exemplo, permite casamentos apenas entre pessoas de uma mesma casta. Tal sistema de Casta foi abolido oficialmente em 1947, mas a força da tradição faz com que persista, na prática, até os dias de hoje.


 



Estamentos
 

A sociedade feudal da Europa na Idade Média foi um exemplo típico de uma sociedade estratificada em estamentos.


Estamento ou estado é uma camada social semelhante à casta, porém mais aberta. Na sociedade estamental a mobilidade social ascendente é difícil, porém não impossível, como na sociedade de castas.


Na sociedade feudal, os indivíduos só muito raramente conseguiam ascender socialmente. Essa ascensão só era possível em alguns casos: quando a Igreja recrutava, em certas ocasiões, seus membros entre os mais pobres, caso o rei conferisse um título de nobreza a um homem do povo, ou ainda se a filha de um rico comerciante casasse com um nobre, tornando-se, assim, membro da aristocracia.

Essas situações eram difíceis de acontecer e normalmente as pessoas permaneciam no estamento em que haviam nascido.

 
Classes sociais

 
Podemos dividir a sociedade capitalista em dois grupos, segundo suas situação em relação aos elementos da produção: proprietários e não proprietários dos meios de produção. As relações de produção dão origem a duas camadas sociais diferentes. A essas camadas damos o nome de classes sociais. Classicamente, designamos essas classes sociais como burguesia e proletariado.

Apesar de ser correntemente usada para designar as camadas sociais em vários momentos da história da humanidade, esta designação é aplicada com maior precisão para a sociedade capitalista. Assim, o prestígio social, o poder político e a capacidade de consumo de luxo, de modo geral, são privilégios dos proprietários dos meios de produção.

As transformações por que passaram as sociedades capitalista no século XX também nos mostram que houve mudanças significativas na sociedade capitalista tornando-a muito mais complexa do que em sua fase inicial de desenvolvimento. A mudança mais notável foi o crescimento de uma forte e volumosa classe média nos países centrais do capitalismo, ocupando funções nos diversos setores dos ramos de prestação de serviços e da pequena e média propriedade. Assim, a análise das sociedades capitalistas do final do século XX deve, necessariamente, levar em consideração esta camada social intermediária entre os proprietários e os não proprietários dos meios de produção.



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Referência:
 

https://jornaldigital2006.wordpress.com/tipos-de-preconceitos/
http://www.cafecomsociologia.com/2010/07/estratificacao-social-parte-1.html